Trio de batá

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Descrição

Trio de batá

Trio de bata feito de madeira com pele de cabra, afinação corda de nylon instrumento feito para ser empilhado um no outro tendo 6 bocas para se tocar

O trio de batá é um conjunto de tambores tradicionais de origem afro-cubana, usado em cerimônias religiosas da Santeria e na música popular cubana. Cada tambor possui duas bocas (lados com peles), totalizando 6 bocas no trio. A técnica para tocar esse instrumento é rica em polirritmia, exigindo coordenação, conhecimento dos toques tradicionais e comunicação entre os músicos. Aqui está um guia básico para começar:


1. Estrutura dos Tambores Batá

Os tambores batá são tocados em trio, com três tamanhos diferentes, cada um com um papel específico:

  1. Iyá (o maior):
    • Papel: Lidera os toques, improvisa e se comunica com os outros instrumentos.
    • Som: Grave e ressonante.
    • Bocas: Chacha (lado menor) e Enu (lado maior).
  2. Itótele (intermediário):
    • Papel: Responde ao Iyá e mantém padrões rítmicos.
    • Som: Médio.
  3. Okónkolo (o menor):
    • Papel: Proporciona base rítmica simples e consistente.
    • Som: Agudo.

2. Técnica de Execução

Postura e Posição

  • Coloque os tambores deitados horizontalmente em seu colo ou suporte.
  • As bocas maiores (Enu) geralmente ficam voltadas para o lado dominante do músico.

Forma de Tocar

  • Use as mãos para percutir as peles. Cada boca tem sua sonoridade única:
    • Enu: Toque com a palma e os dedos para criar sons graves e cheios.
    • Chacha: Use os dedos para sons mais agudos e claros.
  • As combinações de toques (Enu e Chacha) criam a polifonia característica dos batá.

3. Ritmos Tradicionais

Os ritmos, chamados toques, variam conforme a cerimônia ou música. Alguns exemplos incluem:

  • Toque para Eleguá: Uma batida introdutória com Itótele e Okónkolo tocando uma base repetitiva enquanto Iyá improvisa.
  • Toque para Changó: Mais acelerado, com variações rítmicas frequentes lideradas pelo Iyá.

4. Comunicação Entre os Tambores

  • O Iyá lidera a interação, improvisando chamadas (frases rítmicas) que os outros tambores respondem.
  • O Itótele responde às chamadas do Iyá com frases semi-improvisadas ou padrões fixos.
  • O Okónkolo mantém uma base constante para sustentar a estrutura.

5. Prática

  1. Familiarize-se com os sons:
    • Pratique tocar cada boca separadamente para entender o som de cada uma.
  2. Aprenda padrões básicos:
    • Comece com um toque simples (como o para Eleguá) e foque na coordenação entre mãos.
  3. Pratique em grupo:
    • A essência dos batá está no diálogo entre os tambores. Ensaie com outros músicos para desenvolver sincronização.

6. Dicas para Estudo

  • Estude os toques tradicionais: Eles estão enraizados na cultura e espiritualidade afro-cubana. É importante respeitar essa tradição.
  • Aprenda com vídeos ou professores especializados: Muitos mestres de batá estão disponíveis online ou oferecem workshops presenciais.
  • Use gravações: Escute gravações de músicos experientes para captar nuances dos ritmos e interações.

Trio de batá

Aqui está um exemplo básico de ritmo tradicional de bata e um exercício prático para você começar a se familiarizar com a interação entre os tambores. Vamos trabalhar com o toque para Eleguá, que é frequentemente usado como introdução em cerimônias e performances.


Ritmo Básico: Toque para Eleguá

1. Padrões para Cada Tambor

Okónkolo (o menor)

O papel do Okónkolo é fornecer a base constante.
Padrão:

  • Enu (boca maior): Tum
  • Chacha (boca menor): Ta

Sequência:
Tum – pausa – Ta – pausa – Tum – pausa – Ta – pausa


Itótele (intermediário)

O Itótele responde ao Iyá, mantendo uma conversa rítmica mais elaborada.
Padrão básico:

  • Enu: Tum
  • Chacha: Ta-ta

Sequência:
Tum – Ta-ta – Tum – pausa – Tum – Ta-ta


Iyá (o maior)

O Iyá lidera, improvisando chamadas e criando variações, mas aqui está um padrão inicial simples:
Padrão básico:

  • Enu: Tum – pausa
  • Chacha: Ta – Ta

Sequência:
Tum – pausa – Ta – Ta – Tum – Ta


Trio de batá

2. Como Juntar os Tambores

Quando tocados juntos, os padrões criam uma polifonia. Imagine o seguinte:

  • Okónkolo: Mantém a base estável.
  • Itótele: Preenche os espaços entre os toques do Okónkolo.
  • Iyá: Improvisa por cima, chamando os outros tambores para responderem.

Aqui está a representação de como as batidas se encaixam:

Okónkolo: Tum   -   Ta   -   Tum   -   Ta
Itótele : Tum - Ta-Ta - Tum -   -   Tum - Ta-Ta
Iyá     : Tum   -   -   Ta-Ta Tum   Ta

Exercício Prático

Objetivo: Desenvolver coordenação entre mãos e independência rítmica.

Etapa 1: Treine cada tambor separadamente

  1. Pratique o padrão do Okónkolo até conseguir tocá-lo no tempo certo sem erros.
  2. Faça o mesmo com o Itótele e o Iyá.

Etapa 2: Combine dois tambores

  1. Toque o padrão do Okónkolo com a mão direita enquanto faz o do Itótele com a esquerda (ou vice-versa).
  2. Repita até que a coordenação esteja fluida.

Etapa 3: Adicione o Iyá

  1. Comece tocando os três padrões juntos, com o Iyá improvisando variações leves (por exemplo, adicionando batidas extras em Chacha ou Enu).

Dicas para Estudo

  • Use um metrônomo: Mantenha o ritmo constante enquanto pratica.
  • Comece devagar: Aumente a velocidade gradualmente à medida que ganha confiança.
  • Grave sua prática: Escute para identificar áreas que precisam de melhorias.
  • Pratique com outros músicos: Isso ajudará a desenvolver a escuta ativa e a interação.

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