Berimbau Médio

R$ 260,00

BIRIBA / CANDEIAS / CABAÇA MEDIO / PEDRA / BAQUETA E CAXIXI EM VERNIZ NATURAL / TAMANHO 1,60M

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Descrição

Berimbau Medio

Berimbau Gunga 1
Berimbau Medio 1 dos três é o modelo com a maior média

 

O berimbau médio é um dos três tipos principais de berimbau usados na capoeira, ao lado do viola e do gunga.

Berimbau Médio e suas Qualidades na Roda de Capoeira

Características do Berimbau Médio
O berimbau médio, como o nome sugere, possui um som intermediário entre o berimbau gunga (grave) e o berimbau viola (agudo). Ele é composto por três partes principais: a verga (uma vara de madeira flexível), a cabaça (um fruto seco e oco que serve como caixa de ressonância) e a arame (um fio de aço). Além disso, utiliza-se uma baqueta (vara fina de madeira) e uma dobrão (moeda ou pedra) para tocar, além do caxixi (chocalho) para adicionar uma percussão rítmica.

Papel do Berimbau Médio na Roda de Capoeira
Na roda de capoeira, o berimbau médio cumpre várias funções importantes:

1. Harmonia e Equilíbrio**: O berimbau médio fornece um equilíbrio sonoro entre o berimbau gunga e o berimbau viola, criando uma harmonia agradável. Seu som intermediário contribui para uma textura musical rica e bem equilibrada.

2. Versatilidade Rítmica**: Graças ao seu tom médio, este berimbau pode alternar entre ritmos graves e agudos com facilidade, adaptando-se bem a diferentes estilos e toques de capoeira. Ele é capaz de executar uma ampla gama de padrões rítmicos, desde os mais lentos e cadenciados até os mais rápidos e intensos.

3. Comunicação e Diálogo**: Em uma roda de capoeira, os diferentes berimbaus muitas vezes dialogam entre si. O berimbau médio, com seu som intermediário, atua como uma ponte de comunicação entre o gunga e o viola, facilitando uma interação fluida e dinâmica entre os instrumentos.

4. Apoio à Musicalidade e ao Jogo**: O berimbau médio sustenta a musicalidade da roda, oferecendo uma base rítmica sólida que guia os movimentos dos capoeiristas. Ele ajuda a manter o ritmo e a energia da roda, incentivando os jogadores a se moverem de forma sincronizada e harmoniosa.

Qualidades do Berimbau Médio

Resonância Equilibrada: A cabaça do berimbau médio proporciona uma ressonância clara e equilibrada, que pode ser ouvida distintamente na roda, sem sobrepor ou ser sobreposta pelos outros instrumentos.
Durabilidade e Flexibilidade: A verga, geralmente feita de madeira resistente como biriba ou bambu, oferece durabilidade e flexibilidade, permitindo que o instrumento suporte o uso frequente e as variações de tensão durante o jogo.
Acessibilidade: O berimbau médio é frequentemente escolhido por capoeiristas iniciantes e experientes devido à sua acessibilidade e facilidade de uso. Ele oferece um bom ponto de partida para aqueles que estão aprendendo a tocar o instrumento, além de ser versátil para capoeiristas mais avançados.

Conclusão
O berimbau médio é um elemento essencial na roda de capoeira, contribuindo para a harmonia musical, a comunicação entre os instrumentos e o apoio ao jogo dos capoeiristas. Suas qualidades de ressonância equilibrada, versatilidade rítmica e durabilidade fazem dele uma escolha valiosa para qualquer roda de capoeira, enriquecendo a experiência musical e cultural desta prática única.

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Tocar um berimbau gunga da IluBrasileiro é uma arte que envolve aprendizado gradual e conexão com o instrumento. O gunga é o maior e mais grave dos três tipos de berimbau (gunga, médio e viola) e é geralmente usado para marcar a base rítmica nas rodas de capoeira. Aqui está um guia para tocar o berimbau gunga:


1. Conhecendo o Berimbau Gunga

  • Arco de Madeira: Feito de biriba ou outra madeira resistente.
  • Cabaça Grande: Amplifica o som grave característico do gunga.
  • Arame: Preso ao arco, é a principal fonte sonora do instrumento.
  • Baqueta (Vara): Usada para percutir o arame.
  • Caxixi: Pequeno chocalho usado na mão que segura a baqueta.
  • Dobrão (ou Pedra): Um disco de metal ou pedra usado para alterar o som.

2. Posição e Pegada

  1. Mão Esquerda (para destros):
    • Segura o berimbau pela parte inferior do arco.
    • Usa os dedos para controlar a posição do dobrão contra o arame.
  2. Mão Direita:
    • Segura a baqueta e o caxixi juntos.
    • A baqueta é usada para percutir o arame, enquanto o caxixi complementa o som.
  3. Postura:
    • Mantenha o berimbau levemente inclinado para frente.
    • A cabaça deve estar próxima ao corpo, podendo ser afastada ou encostada ao abdômen para variar o timbre.

3. Sons Básicos

  1. Som Aberto:
    • Toque o arame com a baqueta sem pressioná-lo com o dobrão.
    • Produz um som grave e ressonante.
  2. Som Fechado:
    • Pressione o arame com o dobrão enquanto o percutir.
    • Produz um som mais agudo.
  3. Buzz (Chiado):
    • Pressione levemente o arame com o dobrão, criando um som abafado ou vibrado.

4. Ritmos Básicos

Angola (Mais lento, característico do gunga):

  • Padrão Rítmico:
    • Aberto, Fechado, Buzz (pausa).
    • Grave, agudo, chiado.

Berimbau Gunga 1

São Bento Grande (Mais rápido e enérgico):

  • Padrão Rítmico:
    • Fechado, Aberto, Fechado, Buzz.

Toques Variados:

  • O gunga geralmente mantém a base enquanto os médios e violas improvisam.
  • Pratique ritmos simples antes de avançar para variações.

5. Técnica de Toque

  1. Movimentos Constantes:
    • Use o pulso para movimentos precisos e leves ao tocar o arame com a baqueta.
  2. Cabaça:
    • Afaste e aproxime a cabaça do corpo para variar a ressonância (efeito wah-wah).
  3. Caxixi:
    • Mexa o caxixi em sincronia com os toques para enriquecer o som.

6. Dicas de Prática

  1. Comece Devagar:
    • Toque ritmos básicos repetidamente para adquirir consistência.
  2. Rodas de Capoeira:
    • Participe de rodas para se familiarizar com a interação entre berimbau e outros instrumentos.
  3. Gravações e Vídeos:
    • Escute mestres como Mestre Bimba e Mestre Pastinha para aprender ritmos e estilos.
  4. Afinação do Gunga:
    • Certifique-se de que o gunga está bem tensionado para produzir um som grave e encorpado.

Curiosidades sobre o Gunga

  • O gunga lidera os outros berimbaus na roda, marcando o compasso e ditando a energia.
  • Por ser o mais grave, seu som é essencial para manter a base sólida do jogo.

Com dedicação, você dominará o berimbau gunga e contribuirá para a magia das rodas de capoeira. Se precisar de ajuda com partituras de toques ou referências musicais, é só pedir! 🎶

Como surgiu a capoeira regional?
Leia em Wikpedia

A luta regional baiana

Grupo de Mestre Bimba em 2022
Grupo de Mestre Bimba em 2022

Em 1932, um período em que a perseguição à capoeira já não era tão acentuada, mestre Bimba, exímio lutador no ringue e em lutas de rua ilegais, fundou em Salvador a primeira academia de capoeira da história. Bimba, ao analisar o modo como diversos capoeiristas utilizavam suas habilidades para impressionar turistas, acreditava que a capoeira estaria perdendo sua eficiência como arte marcial.

Dessa forma, Bimba, com auxílio de seu aluno José Cisnando Lima, tornou-a mais eficiente para o combate, inserindo alguns movimentos/golpes de outras artes marciais, como o batuque. Mestre Bimba também desenvolveu um dos primeiros métodos de treinamento sistemático para a capoeira. Como a palavra capoeira ainda era proibida pelo código Penal, Bimba chamou seu novo estilo de Luta Regional Baiana.[16]

Em 1937, Bimba fundou o centro de Cultura Física e Luta Regional, com alvará da secretaria da Educação, Saúde e Assistência de Salvador. Seu trabalho obteve aceitação social, passando a ensinar para as elites econômicas, políticas, militares e universitárias.[16] Finalmente, em 1940, a capoeira saiu do código Penal brasileiro e deixou definitivamente a ilegalidade. Começou, então, um longo processo de desmarginalização da capoeira.

Berimbau Gunga 1

Informação adicional

Peso 2 kg
Dimensões 10 × 10 × 160 cm